terça-feira, 16 de maio de 2017

10 Motivos para visitar Cinfães

   Sou uma cinfanense orgulhosa do meu concelho, isso já todas as pessoas sabem, como conheço o valor e beleza deste concelho, partilho convosco 10 razões sólidas para visitar Cinfães:

 1. Paisagens naturais – seja o rio Bestança, a Serra do Montemuro ou o rio Douro. Cinfães é um concelho extremamente rico em paisagem natural, os cumes da serra parecem debruçar-se sobre o rio Douro, ao mesmo tempo que nele desaguam rios de menor dimensão, com águas límpidas e vegetação circundante. Visitar Cinfães pela paisagem é uma aposta ganha, da qual ninguém se arrependerá.

Foto de Lourenço Pereira
Foto da própria autoria














   2. Património arqueológico – Embora nem todos saibam, Cinfães é um concelho riquíssimo em património arqueológico, o que demonstra que desde cedo esta área foi povoada, existem cerca de 140 sítios de interesse arqueológico no concelho, muitos destes desconhecidos pela população local e deixados ao abandono. Contudo, este património único pode ser particularmente interessante, como é o exemplo, o Penedo da Chieira, em Cinfães, o Monte das Coroas, em Tendais e a Mamoa de Chão de Brincos, na freguesia de Nespereira.

Mamoa de Chão de Binco, Jorge Resende, 2013
Fonte: Google

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    3. Outro Património Imóvel – O concelho é igualmente rico em outros tipos de património imóvel, como as igrejas da rota do românico (Igreja de Santa Maria Maior, Tarouquela, Igreja de São Cristóvão de Nogueira e Igreja de Nossa Senhora da Natividade, Souselo), destaque ainda para os pelourinhos de Cinfães e Nespereira, a cadeia comarcã de Cinfães, ou mesmo a ilhota do Outeiro.

Fonte: Google
Fonte: Google










    4. Património vernacular – Em Cinfães, podemos ainda encontrar património vernacular de excelência, como é o caso de vários moinhos de água e azenhas ainda em funcionamento, lagares tradicionais, canastros (ou espigueiros), alminhas e levadas de água para regadio.


    5. Aldeias típicas – Podemos encontrar várias aldeias típicas, mas destacamos a aldeia de Boassas, na freguesia de Oliveira do Douro, que integra a rota das aldeias de Portugal, possui um amplo património arquitetónico, composto sobretudo por casas e quintas apalaçadas. Por outro lado, a aldeia de Vale de Papas, com aproximadamente 30 habitantes, localiza-se na União de Freguesias de Alhões, Bustelo, Gralheira e Ramires, em plena serra do Montemuro. Integra de igual forma, a Rota das “Aldeias de Portugal” e é considerada uma aldeia típica já que preserva casas em granito com cobertura de colmo. Por fim, salientar a aldeia da Gralheira, ou “Princesa da serra”, é reconhecida pela sua envolvente mágica já que é a aldeia mais elevada do concelho, cerca de 1100m de altitude. Aqui é possível recuar no tempo, pois deparamo-nos com casas típicas de granito, uma pequena capela, ue muitos animais que deambulam pela aldeia, especialmente bovinos de raça arouquesa, mas também ovinos e caprinos, já que a criação de gado é uma das principais fontes de rendimento para a população que aí reside.

Vale de Papas
Fonte: Aldeias de Portugal
Boassas
Fonte: Aldeias de Portugal












6.    Gastronomia – Cinfães é um concelho rico em gastronomia, com destaque para a carne de bovinos de raça arouquesa, salientando que Cinfães é o concelho com maior número de bovinos desta raça. Realce para os assados no forno a lenha, com batata assada e arroz de forno, os rojões à moda de Cinfães, as carnes de porco fumadas e as milhas de carne de porco. Em relação à doçaria concelhia, destaque para o pão-de-ló de Cinfães ou pão leve (fabricado no lugar da Seara, na freguesia de São Cristóvão de Nogueira), a sopa-seca, os formigos, os bolinhos de centeio, as bolachas de farinha de castanha pilada e os bolos de manteiga ou matulos.
      No concelho existem vários restaurantes de excelência, onde é possível experimentar a gastronomia típica, os produtos de excelente qualidade e as técnicas tradicionais, dando assim a provar aos turistas e visitantes o que de mais típico tem o concelho.

Bolos de Manteiga, Isaura Costa
Posta Arouquesa, Solar do Montemuro



    7.  Vinho Verde – O concelho integra o Douro Verde, ou seja, é dos concelhos produtores de vinho verde na região do Douro, área de produção de vinho por excelência, que tem vindo a ser destacada com prémios e distinções. O concelho de Cinfães reparte-se por duas sub-regiões: “Baião”, que congrega os concelhos de Baião, Resende e Cinfães (excetuando as freguesias de Travanca e Souselo), onde domina a casta de Avesso, e “Paiva”, que abrange o concelho de Castelo de Paiva e as freguesias de Travanca e Souselo. Aqui predominam as castas Amaral e Vinhão (tintas) e Arinto, Loureiro e Trajadura (brancas). Dos 12 produtores de vinho do concelho, apenas  4 são englobadas na sub-regioão Paiva 1 em Travanca (a Quinta da Carvalha) e três em Souselo (a Quinta das Fontes, a Quinta do Fijô e o Inspir’ar).


    8. Costumes e Tradições - Cinfães é um concelho muito rico em tradições, visíveis quer no modo de vida da população, quer nas aldeias históricas, nos antigos ofícios ou no património construído. Infelizmente, muitos ofícios desapareceram, ou encontram-se em risco de desaprarecer, como a chapelaria, a latoaria, a tamancaria, a cestaria, ou ainda os carvoeiros, os barqueiros (especialmente na envolvente do rio Bestança e em Escamarão), os colmadores, os pastores, os padeiros, os moleiros, os seareiros e os carreteiros. Tradições como as rezas e canções também se encontram cada vez mais em risco de cair no esquecimento.


9.  Artesanato - Como por exemplo a cestaria produzida em aldeias típicas, recorrendo a vime e vergame de carvalho, ou ainda a palha e silva. Os chocalhos de bronze e as aplicações de metal amarelo, típicos da freguesia de Tendais, ou ainda a latoaria, praticada em Porto Antigo e Boassas. Existe ainda a tamancaria arte que executa tamancos em metal e em madeira, ou a tecelagem com a execução de cobertores da serra em lã, para além de toalhas de linhos e das capuchas de burel. A esteiraria, também se apresenta atualmente como uma forma de artesanato, assim como a construção de palhaças de carroças e chapéus de palha a partir de tranças. Atualmente o artesanato mais reconhecido no concelho é produzido pelas “Serranitas da Gralheira” que trabalham a lã.


10.   Feiras, festas e romarias - Destaque para as festas em honra de “São João”, o santo padroeiro da vila de Cinfães. Festeja-se a 24 de Junho, feriado municipal, estendendo-se os festejos por 2 ou 3 noitadas e um dia de festa, tendo como ponto alto a procissão solene. A “ExpoMontemuro”, feira regional de Cinfães, que ocorre em meados de Julho e se estende por cinco dias, no centro da vila de Cinfães, reunindo mais de 100 expositores do concelho e artistas nacionais de renome. O “Douro Green Fest”, festival que ocorre no último fim-de-semana de Agosto, nas proximidades da barragem de Carrapatelo, na freguesia de São Cristóvão de Nogueira, é uma festa direcionada ao público jovem, desenvolvendo-se atividades radicais como escalada, slide, touro mecânico e atuação de artistas nacionais. A “Aldeia do Pai Natal” realiza-se na Gralheira, correspondendo a uma festa em que toda a população residente participa, transformando por completo a aldeia nos dois primeiros fins-de-semana do mês de Dezembro. Direcionada às crianças, a magia do Natal é celebrada de forma efusiva, ao mesmo tempo que se disfruta de animação e se revitalizam e preservam tradições e se aposta nos produtos locais.

Espero que tenham gostado, a Cinfanense,
Ana Ferreira :) 

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