terça-feira, 4 de setembro de 2018

Casados de fresco Pt3 – O grande dia

Uma coisa que tínhamos a certeza, o dia não iria correr exatamente como planeado e os “problemas” começaram a surgir no início da semana, quando percebemos que todos os sites de previsão do estado do tempo antecipavam precipitação para o dia do nosso casamento.
O dia nasceu cinzento mas não chovia, eram 9.30h quando cheguei ao cabeleireiro e a paragem por lá foi rápida, 1 hora depois estava pronta. Pelas 11 horas, a maquilhadora estava em minha casa e a equipa de fotógrafos em casa do Samuel, pouco depois do meio-dia estava pronta. Antes da uma da tarde a equipa de fotógrafos chegava a minha casa, como combinado estava com o vestido, mas descalça e sem qualquer tipo de adereços. Senti-me totalmente à vontade com as fotos e o vídeo, estava confiante a ainda estava calma. Na altura em que o drone começou a sobrevoar a casa, começou a chover, aí soubemos que não havia nada a fazer, o casamento ao ar livre como havíamos programado não ocorreria, tínhamos que recorrer ao plano B. A equipa de fotógrafos saiu de minha casa por volta das 2 da tarde e meia hora depois estavamos a sair também.
No momento em que entrei dentro do carro comecei a ficar extremamente nervosa, sabia que faltava menos de meia hora para as 3 da tarde, meia hora para o nosso casamento. A minha madrinha levou a senhora da conservatória com alguma antecedência e quase todos os restantes convidados, da minha parte, seguiram na frente do meu carro. A cada km os meus nervos iam aumentando, valeram-me as piadas do meu padrinho de casamento até à chegada à quinta. Assim que o carro parou senti-me invadida por um turbilhão de sentimentos, era ali e agora, já passavam 15 minutos da hora marcada, assim que cheguei à quinta o noivo dirigiu-se ao “altar”. Os convidados começaram a vir ter comigo, a abraçar-me, a felicitar-me e a elogiar-me, foi aí que fiz o primeiro esforço para não chorar.
Do casal de meninos das alianças que escolhemos para entrar comigo, apenas o menino quis entrar na minha frente, acompanhado pela mãe, levou cuidadosamente as alianças até ao noivo e eu e o pai seguíamo-lo, tudo me passava pela cabeça naquela hora e ao mesmo tempo sentia-me vazia de pensamentos, por fim alcancei o noivo. Vi as primeiras pessoas a chorar, o meu pai, o meu noivo, a minha sogra, o meu sogro, mas não tive coragem de olhar para mais ninguém, era choro de emoção e felicidade, demos as mãos e soube que começava ali um das mais difíceis e maravilhosas etapas da nossa vida, o nosso casamento. O contrato foi lido com todo o cuidado para que as palavras tivessem o significado necessário, foi simples, rápido, mas lindo. Não precisamos sequer de meia hora para trocarmos as alianças e selarmos a nossa união com o tradicional beijinho.
Era suposto esperarmos que todos os convidados saíssem da tenda e posteriormente sairmos os dois pelo tapete vermelho, mas não foi o que aconteceu e fizemos o que apetecia naquele momentos, abraçamos a nossa família e os nossos amigos, aí não houve como conter as lágrimas, chorei, porque tinha acontecido e porque estava feliz. Depois daquele que foi um dos motivos mais emotivos de todo o casamento, fomos tirar fotos com os convidados, caíam alguns pingos de chuva, mas queríamos a melhor luz possível e por isso, a chuva não nos demoveu, tiramos fotos com todos os convidados e algumas sozinhos, estava na hora de abrir uma das partes mais esperadas, aa comida. Começamos pelas entradas e tudo correr como planeado, enquanto os convidados começavam a refeição tiramos mais algumas fotos (nesta altura já tinha trocado os meus esplêndidos sapatos por umas vans brancas J ).
Entramos na sala de refeição depois de todos, ao som da primeira música que o Samuel me enviou, “Amar não é pecado” do Luan Santana, um pouco clichê, talvez, mas fazia sentido para nós naquele momento. A refeição prolongou-se por algumas horas enquanto disfrutávamos de boa comida e de excelente música ambiente. Fizemos vários brindes, falamos com todos os convidados e assim chegou a hora da abertura do baile, iniciamos com a tradicional valsa, chamamos os pais e os padrinhos e depois todos se juntaram a nós. Tive sérias dificuldades com o vestido, que não me permitia mover-me como desejava, tive que fazer uma pequena adaptação.
Era chegada a hora do corte do bolo e novamente a chuva ameaçava com alguns pingos inoportunas, mas conseguimos fazer tudo como estava planeado, foi um dos momentos altos da noite, a música, os cones de fogo-de-artifício, os sparklers que os convidados seguravam e que nos delimitavam o caminho até ao bolo, foi um momento realmente romântico. Continuamos a dançar por mais uma 3 horas e pouco, até nos doerem os pés, até restarmos só nós e uma dúzia de convidados, o nosso grande dia estava a chegar ao fim, era o fim de uma etapa que demorou meses a ser preparada, éramos marido e mulher.

Divertimo-nos muito mais do que achávamos possível, foi um dia de sorrisos rasgados e de lágrimas de felicidade, gostaria de agradecer mais uma vez a todos os que fizeram o nosso dia tão feliz, aos nossos pais por nos apoiarem, aconselharem, acalmarem e por suportarem parte dos custos. Aos nossos padrinhos de casamento, que estiveram sempre presentes (tirando obviamente o “vandalismo” que ocorreu no nosso carro e na nossa casa, obrigada madrinha Sara e padrinho João, ou não). Aos nossos avós, tios e primos por todo o carinho. Obrigada aos nosso amigos que partilharam a nossa alegria, um obrigada também aos nossos colegas de trabalho por todo o carinho. Obrigada a todo o staff da quinta da Bouça Velha, à equipa do Tiago Pinto Photography e ao DJ Gilberto Gil, pelo excelente serviço prestado. Obrigada à Suzana Cardoso Atelier de Estética, à Teresinha cabeleireiros, ao cabeleireiro da Paula Mendes e Família, à ourivesaria Tavares, à Melo´s Noivas, à Noiva, à M. Inês – Loja de noivas, à florista Lídia Ribeiro e a todos os que tornaram este dia, um dos melhores dias das nossas vidas. 








Espero que a minha experiência tenha sido útil. Até breve.
Ana Ferreira

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