quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Casados de fresco Pt2 – Escolhas importantes


O tema
                A escolha do tema foi difícil, sabíamos que tinha de ser algo que gostássemos e que nos definisse, pensamos em música, mas enquanto ele iria colocar nome de trompetistas e compositores eu iria colocar nomes de músicas que gostava muito e enquanto ele queria colocar um trompete gigante no convite eu iria colocar uma parte da letra de uma música. Depois pensamos em comida, já que é algo que realmente nos une, pensamos em pratos típicos, mas não nos parecia nada adequado. Depois de muitas voltas alguém propôs, “se gostas tanto de Cinfães e vocês são os dois de lá, porque não?”, naquele momento pareceu-nos óbvio, o que poderia unir-nos mais do que a terra que nos viu nascer e onde se desenrolou quase toda a nossa história? Naquele mesmo dia ficou decidido. 

Os convidados
Para quem está a organizar ou já organizou um casamento, sabe que esta é sem dúvida, uma das partes mais difíceis. A primeira lista que fizerem irá ser provavelmente GIGANTE e nessa fase terão imensa vontade de desistir de todo o processo. No nosso caso se levássemos todas as pessoas que queríamos seriam mais de 250 convidados, o que para não fazia sentido para o casamento pequeno que nos propusemos a organizar. Nunca me imaginei a casar, mas se casasse seria um casamento para uns 60 convidados, no máximo, o que logicamente não aconteceu, já que no final, a nossa lista tinha 110 convidados. E juro que convidamos mesmo só as pessoas essenciais.

Os Convites
Depois de tomarmos as decisões sobre o número de convidados e o tema, estava na hora de tratarmos dos convites, até porque já estávamos no fim do ano e os convites tinham que ser entregues no início de 2018. Depois de consultar várias páginas e de tirar algumas ideias do pinterest arrisquei em ser eu a elaborar os convites, vi uma ideia que gostei, troquei as iniciais dos noivos por uma caricatura nossa, que fiz num programa que tinha no telemóvel, coloquei uma das fotos mais belas da nossa amada terra, da autoria do Sr. Lourenço Pereira, em marca de água, e fiz um protótipo do convite. Foi das escolhas mais práticas e bonitas de todo o casamento, os convites foram dobrados como se da abertura de uma janela se tratasse e com alguns ajustes e opiniões dos meus colegas, estavam prontos. Pedi um orçamento na gráfica Qualquerideia e como a impressão piloto ficou ótima, mandamos imprimir.






O vestido
No fim de 2017, início de 2018 foi a altura em que começamos a ver a nossa roupa e acreditem, não foi fácil para nenhum dos dois. No meu caso em particular, imaginava-me num vestido com corte “sereia”, bem simples e confortável. Depois de visitar alguns sites, fui convencida pela minha mãe a ir à primeira loja, estava tão assustada, pelo que tinha visto os vestidos de noiva eram caríssimos e tudo o que não queria era gastar muito dinheiro num vestido que usaria apenas uma vez. Após experimentar vários vestidos no modelo que gostava e de ter encontrado o que achava ser “o tal”, vesti um vestido com corte “princesa” que reuniu o consenso da maioria, acabou por ser esse o vestido com que me casei, apelidei-o carinhosamente de “abajur”. Hoje, quando reflito percebo que dificilmente terei oportunidade para usar um vestido tão imponente e assumo que os meus pais me aconselharam bem, até porque para além dos bons conselhos, tiveram a amabilidade de nos oferecerem o vestido e o fato, respetivamente.


Sapatos, lingerie, maquilhagem e cabelo            
Depois do vestido, a minha saga estava longe de acabar, tinha que escolher uns sapatos, queria uns sapatos altos, prateados e confortáveis o suficiente para conseguir, pelo menos, caminhar até ao lado do noivo, encontrei-os na MaryPaz, por um preço suficientemente apelativo para os comprar. Umas sandálias brilhantes, com um tacão compensado de 15cm e várias fitas até ao tornozelo, o que não suspeitava era que, de facto, quase só conseguiria chegar ao altar sem os meus pés quase explodirem.
Uma questão que quase me tirou o sono foi a lingerie, não me imaginava nada a pagar uma lingerie a preço de ouro, por isso fui à intimissimi decidida a trazer só a liga, até porque não precisava de soutien, o vestido tinha suporte e as cuequinhas não me pareceram assim tão importantes. Escolhi a liga com um pequeno laço azul, como manda a tradição, não que seja supersticiosa, mas também mal não iria fazer, estava decidida a pagar quando a lojista me mostrou as cuecas a combinar, eram realmente lidíssimas, diferentes de tudo o que tinha, por isso resolvi levá-las também. Já estava eu em pré depressão a fazer contas ao que ia pagar quando me mostraram o soutien do conjunto, depois de alguma insistência da minha mãe e experimentei e adivinhem… trouxe o conjunto. Aproveitei uma promoção que estava a decorrer e trouxe um perfume da loja, estava assim mais um problema resolvido, já levava comigo a lingerie e o perfume. Não me arrependo nada, será certamente um conjunto que guardarei com ótimas recordações e que posso sempre usar em ocasiões especiais.
A maquilhagem foi sem dúvida dos assuntos que menos me preocupava estava em excelentes mãos, a responsável foi a maquilhadora, esteticista e prima, Suzana Cardoso, foi ela a responsável por toda a parte estética, manicure e pedicure em unha natural, pela limpeza de pele e pela maquilhagem. Quem me conhece sabe que adoro maquilhagem e que raramente peço a alguém para me maquilhar, já que mesmo para eventos ou festas sou eu que me maquilho. Mas no dia do meu casamento não podia ser assim, eu estaria demasiado nervosa. Sabia que a minha prima me iria entender muito bem, queria uma pele muito bem feita, até porque tenho algumas imperfeições, uns olhos vistosos com eyeliner e um batom em tons nude. Testámos a maquilhagem um mês antes do casamento e ficou exatamente como imaginava, vistosa e elegante. Foi mais de uma hora de trabalho mas valeu muito a pena, a maquilhagem deixou-me muito mais confiante e muito mais feliz.





                No que consta ao cabelo também não foi nada difícil, assim que soube o dia exato, marquei com a Teresinha Cabeleireiros e depois de alguns ensaios consegui o penteado que idealizava, sempre soube que queria casar com o cabelo apanhado, mas com bastante volume e por isso foi fácil explicar o que queria. O penteado foi um apanhado clássico, muito volumoso na frente e com uma pena prateada a envolver, mais uma vez o prateado estava presente, tudo a combinar com tudo. Estive todo o dia confortável com o penteado que durou toda a festa.

A escolha das alianças
                Assim que definimos a data do nosso casamento começamos a ver o preço das alianças, sempre quis alianças grossas e arredondadas, o que fez com que, apesar das várias tentativas de nos serem oferecidas, não permitimos. Sabíamos que era um tipo de aliança cara e que os preços de cada um variava sempre entre os 250 e os 450€. Depois de muita pesquisa optamos por viajar até à Póvoa de Varzim, à Ourivesaria Tavares, onde fomos muitíssimo bem atendidos. Foram-nos apresentados vários estilos de alianças, com diferentes gramagens de ouro. Depois de escolhido o modelo, e ajustado o tamanho, experimentamos e deixamos a encomenda que nos foi entregue antes da data prevista. Fomos surpreendidos por um serviço de excelência.




Os padrinhos ou testemunhas
A escolha dos padrinhos foi provavelmente uma das decisões mais simples, sabíamos que queríamos ter um casal de padrinhos cada um, para mim a escolha era óbvia, os meus dois melhores amigos, a minha melhor amiga desde a pré adolescência e o meu primo, que é como se fosse um irmão, enfim um belo “par de jarras”, o Samuel também escolheu dois primos para serem padrinhos. Foram sem dúvida ótimas escolhas, ajudaram-nos com opiniões e conselhos e deram-nos sempre suporte para enfrentarmos “o grande dia”. O meu conselho é que escolham pessoas que sejam realmente importantes para vocês, são as pessoas que estarão ao vosso lado e ao lado dos vossos pais no altar, na primeira fila, as primeiras pessoas a quem vão pedir auxílio e a quem vão dar "aquele abraço" quando a cerimónia terminar, por isso é que é importante que os padrinhos sejam uma escolha do coração.

O ramo da noiva
                Se havia uma coisa que sempre idealizei foi o ramo, como não tínhamos que decorar a igreja, as únicas flores adquiridas por nós foram o meu ramo, o ramo das meninas das alianças e o ramo da madrinhas, que foi o que atirei para as meninas solteiras. Sim tinhamos 2 meninas das alianças e um menino. Uma das meninas entrou com o Samuel e os mais pequeninos iam entrar comigo, mas depois acabou só por entrar o menino. Voltando ao ramo, sempre soube que queria um grande ramo de rosas vermelhas e foi o que tive, um gigante ramo com mais de 40 rosas, feito pela D. Lídia Ribeiro e respetiva família. Eram um ramo simples, apenas de rosas, unido por um fita bege onde coloquei um alfinete de brilhantes prateados emprestado (porque noiva que é noiva leva sempre alguma coisa emprestada no meu caso, o alfinete de ramo e o saiote). O ramo completou o meu look, deu-lhe o toque e cor que faltava.

A banda sonora do nosso casamento
              Em termos de música o nosso casamento estava dividido em 4 partes, a música da cerimónia, música ambiente para a refeição, música para o baile e finalmente as músicas para o corte do bolo. Como adoramos música, fizemos uma enorme lista com inspiração no que gostaríamos que tocasse no nosso casamento. Para a entrada do noivo escolhemos Perfect, Ed Sheeran e para a entrada da noiva a tradicional marcha nupcial. Para a refeição optamos por música ambiente, mais calma e músicas mais românticas. Para o baile, obviamente tocou muita música pimba e música de baile, música dos anos 80 e alguma música brasileira, para animar todos os convidados. Por fim, para o corte do bolo a música que estava nos convites e no vídeo de sameday, que resume bem a nossa história, Still Falling for you da Ellie Goulding e Minha Flor do Agir.

As lembranças
                À semelhança do que aconteceu com os convites, pesquisei várias propostas de lembranças e acabamos por perceber que a fotografia seria sempre a opção mais prática e com mais significado. Acordamos com a equipa do Tiago Pinto Photography o número de lembranças e uma capa personalizada para oferecermos as fotos aos nossos convidados da forma mais pessoal possível. Em vez da típica fotografia com os convidados oferecemos uma foto nossa, só nós os dois, no jardim da quinta, a sorrir.



A lua-de-mel
                A escolha do destino de lua-de-mel, ao contrário do restante foi bastante difícil, enquanto o Samuel queria um destino de praia tipo Punta Cana, eu queria um destino romântico e a minha primeira opção foi sempre Roma, não me conseguia imaginar a passar 7 dias só na praia, não me cativava. Pensamos em destinos que agradassem aos dois e uma das cidades que mais queremos visitar é o Cairo, mas acordamos que não seria o destino mais romântico. Consegui convencer o Samuel e marcamos viagem para Roma, acho que só o consegui convencer com recurso a piza e massas, mas pelo menos ganhei 1 semana para conhecer uma das cidades que mais queria conhecer.


Acreditem, não é fácil organizar um casamento, é sempre tudo mais complexo e mais caro do que estamos à espera. Espero sinceramente que a nossa experiência possa ajudar noivos e futuros noivos a terem um dia mais calmo e mais feliz.

Ana Ferreira


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