quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Modernices

O Mundo está a mudar, isso é inegável e se é verdade que o mundo evolui desde sempre, também é verdade que neste momento tudo parece acontecer demasiado depressa. Não é uma opinião minha, já que ouço constantemente a expressão "parece que ainda foi ontem".
É estranho para mim pensar que um dia, quando estiver a contar a minha infância aos meus filhos ou aos mais novos, lhes pareça que estou a contar a saga dos dinossauros de tão pré-históricos que os meus relatos lhes parecerão. Como é que lhes vou explicar o que era uma disquete, um walkman ou um tamagotchi? Vivemos numa época rica em tecnologia, mas também acho que acabamos por nos "afogar" em tantas alterações. A tecnologia têm-se demonstrado cada vez mais uma "faca de dois bicos", se por um lado torna a nossa vida muito mais fácil, por outro lado multiplica os nossos problemas. Se por um lado as crianças atualmente são mais afortunadas por esta facilidade e quantidade de informação, ao mesmo tempo acho-as escravas, escravas da tecnologia e escravas de si próprias. As crianças hoje em dia não brincam, não conversam, não caem, não transpiram e não convivem... limitam-se a ser "engolidas" por inúmeras tecnologias, acabam por se expor cedo demais aos riscos da internet, crescem ser saber estabelecer relações e esta é uma das consequências mais negativas de todas estas facilidades tecnológicas.
Também para nós adultos a vida ficou mais fácil, mas o nosso cérebro mais preguiçoso. Invejo a facilidade imensa com que os meus avós resolvem uma conta complexa de cabeça, como a tabuada lhes continua debaixo da língua, como conseguiram reter a informação de uma juventude inteira quase sem fotografias e vídeos. Hoje em dia, a informação está à distância de um clique e os cálculos, por mais simples que sejam, à distância da calculadora de um simples telemóvel.
Vivemos por aquilo que mostramos aos outros e não para nós, tudo aquilo que achamos bonito registamos numa foto, não para recordarmos, mas para postarmos nas redes sociais de modo a que outras pessoas possam apreciar e invejar o quão magnífico foi aquele momento. Fingimos, sim fingimos, através das redes sociais que vivemos num mundo perfeito. O que importa é a imagem que passamos e não o que somos ou no que acreditamos. As relações são virtuais, o que se tornou normal, já que a nossa vida é virtual, como diz aquela frase conhecida "A internet aproxima quem está longe e afasta quem está perto", quão normal passou a ser estarmos reunidos e a mexer constantemente no telemóvel, tablet ou computador? Talvez se tenho tornado um hábito, certamente um mau hábito. 
Já não sabemos viver sem internet e sem toda a tecnologia que conhecemos, essa é a verdade, mas quão bom seria se conseguimos priorizar a vida para além daquilo que mostramos aos outros? Os mais velhos avisam "guardem o melhor para vocês", "vivam o momento e saboreiem a vida". Entre este paradoxo, entre a benção e o problema, para vocês o que pesa mais na balança?

Fica a pergunta. 
Ana Ferreira ☺

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Chegaram os 24!

Pois parece que no passado dia 8 de Fevereiro, quarta-feira, completei 24 anos, não vou negar que já começo a ter crises existenciais e a tentar perceber o que fiz nestas mais de duas dezenas de vida. Entre altos e baixos, gargalhadas e lágrimas, as melhores e as piores pessoas, segui o meu coração e o cheguei onde estou hoje.
Se os meus 24 não forem melhores, só peço para que sejam tão bons como os meus 23, já que esta foi a etapa de maiores conquistas na minha vida. Celebrei o meu aniversário em Fevereiro e em Março terminou o meu estágio curricular, em Abril assinei o meu contrato de trabalho, o que significou para mim a concretização de um dos maiores objetivos da minha vida, poder trabalhar na minha área de estudo e poder pôr em prática tudo o que aprendi na minha vida académica. Foi sem dúvida um dos melhores momentos do ano de 2016, mas em Julho o contrato acabou... decidi então, dedicar-me à minha dissertação de mestrado. Em Agosto, recebi uma das maiores "injeções" de alegria de toda a minha vida, renovei contrato por um ano, na empresa onde tinha executado o meu estágio e o anterior (e único) contrato de trabalho. Foi nesse momento que percebi, mais do que nunca, que valia a pena lutar sempre pelos nossos objetivos e que quem luta, mais tarde ou mais cedo, alcança os seus o objectivos. Na altura já andava super ansiosa, o que é que ia fazer da minha vida? Não existiam muitas oportunidades na minha área, tal como na maioria, e estava a começar a ir-me abaixo. Foi um momento de extrema alegria e sei que aconteça o que acontecer, jamais alguém me poderá retirar esta alegria e concretização de ter feito aquilo que mais gostava.
Mas estes últimos meses não foram apenas especiais ao nível profissional, foram também generosos ao nível académico. A 11 de Novembro de 2016 defendi a minha dissertação de mestrado, um projeto que refletia todo o meu amor pelas áreas rurais e acima de tudo que comprovava a minha teoria de que Cinfães era um concelho pleno em potencialidades. Um dissertação que me deixou orgulhosa pelo esforço que tive ao longo de um ano e meio e que não desapontava todos os que tinham acreditado em mim e me tinham ajudado. Acabei o meu mestrado com média de 18 valores e deixei a minha orientadora, a minha família e os meus amigos orgulhosos, cumpri os meus objetivos e com tudo o que me propus ao nível académico, foram 5 anos dispendiosos, difíceis e desgastantes, mas foram os melhores anos da minha vida. Conheci pessoas maravilhosas, que levarei no coração para toda a vida, desafiei-me todos os dias a ser mais e melhor, conheci uma nova cidade, um novo modo de vida, mais urbano e frenético e fui feliz. Continuo com a esperança de não parar por aqui e continuar a provar que as áreas rurais são magnificas, que congregam inúmeras oportunidades e que residir numa área rural é um privilégio e não uma falta de evolução, como muitos acreditam.
Também ao nível amoroso a vida me surpreendeu, no início do ano de 2016 as nossas vidas deram uma volta de 180º, com a ida do meu namorado para longe, para outro país... as saudades nem sempre foram fáceis de gerir e as pessoas de quem nos rodeamos nem sempre foram as mais aconselháveis, mas, apesar dos altos e baixos comuns de qualquer relação, erguemo-nos. Já no início do ano de 2017, mais concretamente a 3 de Janeiro, fui pedida em casamento. Em plena Praça da Liberdade (Avenida dos Aliados), ao meu lado estavam duas das melhores pessoas que já conheci na vida, agradeço a todos os nossos amigos que auxiliaram para que aquele momento fosse único para nós os dois.E acima de tudo agradeço ao meu namorado, agora noivo, por se ter esforçado tanto para me fazer feliz, não só naquele dia, mas todos os dias.
Enfim, os últimos 12 meses foram ótimos e muito generosos, conquistei muitas coisas, cimentei relações fortes e verdadeiras, stressei-me e fui muito feliz, entre gargalhadas e boa disposição. Obrigada a todos os que fizeram estes últimos meses tão bons, que os meus 24 anos sejam assim tão ricos em experiências e que possamos continuar a partilhar momentos felizes.

Obrigada a todos e sejam muiiiito felizes. 😃😃

Em baixo o resumo do meu dia de anos e uma fotografia dos meus 24 😂