O Mundo está a mudar, isso é inegável e se é verdade que o mundo evolui desde sempre, também é verdade que neste momento tudo parece acontecer demasiado depressa. Não é uma opinião minha, já que ouço constantemente a expressão "parece que ainda foi ontem".
É estranho para mim pensar que um dia, quando estiver a contar a minha infância aos meus filhos ou aos mais novos, lhes pareça que estou a contar a saga dos dinossauros de tão pré-históricos que os meus relatos lhes parecerão. Como é que lhes vou explicar o que era uma disquete, um walkman ou um tamagotchi? Vivemos numa época rica em tecnologia, mas também acho que acabamos por nos "afogar" em tantas alterações. A tecnologia têm-se demonstrado cada vez mais uma "faca de dois bicos", se por um lado torna a nossa vida muito mais fácil, por outro lado multiplica os nossos problemas. Se por um lado as crianças atualmente são mais afortunadas por esta facilidade e quantidade de informação, ao mesmo tempo acho-as escravas, escravas da tecnologia e escravas de si próprias. As crianças hoje em dia não brincam, não conversam, não caem, não transpiram e não convivem... limitam-se a ser "engolidas" por inúmeras tecnologias, acabam por se expor cedo demais aos riscos da internet, crescem ser saber estabelecer relações e esta é uma das consequências mais negativas de todas estas facilidades tecnológicas.
Também para nós adultos a vida ficou mais fácil, mas o nosso cérebro mais preguiçoso. Invejo a facilidade imensa com que os meus avós resolvem uma conta complexa de cabeça, como a tabuada lhes continua debaixo da língua, como conseguiram reter a informação de uma juventude inteira quase sem fotografias e vídeos. Hoje em dia, a informação está à distância de um clique e os cálculos, por mais simples que sejam, à distância da calculadora de um simples telemóvel.
Vivemos por aquilo que mostramos aos outros e não para nós, tudo aquilo que achamos bonito registamos numa foto, não para recordarmos, mas para postarmos nas redes sociais de modo a que outras pessoas possam apreciar e invejar o quão magnífico foi aquele momento. Fingimos, sim fingimos, através das redes sociais que vivemos num mundo perfeito. O que importa é a imagem que passamos e não o que somos ou no que acreditamos. As relações são virtuais, o que se tornou normal, já que a nossa vida é virtual, como diz aquela frase conhecida "A internet aproxima quem está longe e afasta quem está perto", quão normal passou a ser estarmos reunidos e a mexer constantemente no telemóvel, tablet ou computador? Talvez se tenho tornado um hábito, certamente um mau hábito.
Vivemos por aquilo que mostramos aos outros e não para nós, tudo aquilo que achamos bonito registamos numa foto, não para recordarmos, mas para postarmos nas redes sociais de modo a que outras pessoas possam apreciar e invejar o quão magnífico foi aquele momento. Fingimos, sim fingimos, através das redes sociais que vivemos num mundo perfeito. O que importa é a imagem que passamos e não o que somos ou no que acreditamos. As relações são virtuais, o que se tornou normal, já que a nossa vida é virtual, como diz aquela frase conhecida "A internet aproxima quem está longe e afasta quem está perto", quão normal passou a ser estarmos reunidos e a mexer constantemente no telemóvel, tablet ou computador? Talvez se tenho tornado um hábito, certamente um mau hábito.
Já não sabemos viver sem internet e sem toda a tecnologia que conhecemos, essa é a verdade, mas quão bom seria se conseguimos priorizar a vida para além daquilo que mostramos aos outros? Os mais velhos avisam "guardem o melhor para vocês", "vivam o momento e saboreiem a vida". Entre este paradoxo, entre a benção e o problema, para vocês o que pesa mais na balança?
Fica a pergunta.
Ana Ferreira ☺